Marrocos
A pérola da África do Norte, o Marrocos está situado na parte mais a noroeste do Continente Africano, apenas a 14 quilômetros de Espanha e separado da Europa pelo Estreito de Gibraltar .
Em nenhum outro lugar você pode encontrar tanta beleza natural, aldeias perdidas, desertos de areia sem fim, e lindas montanhas em um único país como no Marrocos.
Numa manhã você pode acordar ao longo da bela costa atlântica, almoçar nas montanhas do Atlas, e desfrutar de um passeio de camelo no deserto do Saara apreciando um maravilhoso pôr do sol.
– Silvana Ticoulat
As cidades mais interessantes são Casablanca (mesquita de Hassam II a maior de Marrocos) com suas tamareiras pelas ruas, Rabat (Mausoleu Mohamed V) e as medinas, os mercados de frutas, legumes etc., Meknes e o mercado, Fez que tem a maior medina do mundo e Marrakech e a famosa praça Djemaa El Fna. Se prepare para ver um mundo completamente diferente. Passado o choque inicial, principalmente com as medinas, você começa a se encantar com tudo!
A maioria das viagens até o Marrocos começa ou termina na capital Rabat ou em Casablanca, duas modernas cidades políticas e empresariais do país, onde a luz do Atlântico e as construções brancas lembram a arquitetura de South Beach, em Miami, na Flórida.
– Silvana Ticoulat
Uma coisa que recomendo é que, se passar por Casablanca (que na verdade não é muito bonita, mas em geral passagens aéreas para lá são muito mais baratas que para Marrakech) , vá visitar a Mesquita Hassan II, que é surreal de linda.
Não perca as clássicas Marrakesh e Fez – ambas são maravilhosas – e Essaouira que é linda. Ah, e não deixe de dormir pelo menos 1 noite no deserto!
Somente um lugar em todo Marrocos supera o ritmo frenético de Fez a praça Djemaa El Fna, um mercado montado numa praça circular no centro de Marrakech. O movimento começa cedo com o sol já ardendo sob a cidade: encantadores de serpente, mágicos, malabaristas, acrobatas, mulçumanos sentados em tapetes lendo o Alcorão,dentistas que exibem milhares de dentes extraidos como prova de sua competência.Tudo acontece ao mesmo tempo,e o tempo ali nada mais é do que a soma dos segundos que definem novos sentidos.
– Marcia Frankenthal
Uma aventura irresistível : entrar na medina sem a companhia de um morador da cidade pode implicar em um mergulho claustrofóbico, sem tempo definido,num fluxo de comerciantes histéricos à busca de fregueses, gente apressada e burricos com lombo cheio de mercadorias. Sozinho, pode-se passar um dia inteiro dentro da medina em busca de uma saída.
Imperdível!
As principais cidades marroquinas (as cidades históricas imperiais que fundamentaram a colonização árabe islâmica, a partir do século 7 e se tornaram centros políticos de sua época) são quatro: Fez, Marrakech, Rabat e Meknés. Em todas encontra-se traços que caracterizam a tradicional arquitetura urbana marroquina: uma medina (centro comercial e residencial), uma mesquita central, o palácio real, o mellah (bairro judeu) e os suqs (mercados), tudo cercado por uma muralha que servia para proteger a cidade.
Todas as cidades, curiosamente são definidas por uma cor básica de suas construções: Marrakech é a cidade vermelha; Meknés, a verde; Fez é amarela. Rabat, a cidade branca do litoral atlântico é a única das cidades imperiais que conserva sua importância política pois é a capital do país.
Quando Ir
As melhores épocas para visitar o Marrocos são a primavera (de março a maio) e o outono (setembro a novembro). Ambas épocas possuem climas mais amenos e estão longe das altas temporadas de turistas. O verão (junho a agosto) pode ser extremamente quente, fazendo dos tours pelo deserto um grande desafio e o inverno além de ser chuvoso tem noites bem geladas.
– Fabio Mesquita
Em maio (primavera para eles), o clima estava ótimo. Não pegamos muita chuva, de dia as temperaturas estavam razoáveis, na casa dos vinte e pouco graus; já à noite fazia até frio, com temperaturas abaixo de 15 graus: em Fez chegamos a pegar uns 8 graus à noite. Com base nessas temperaturas, cheguei à conclusão de que viajar no inverno para lá pode ser bem frio, vá preparado. Além disso, dizem que o verão costuma ser indecente de tanto calor. Por isso, meia estação é o mais recomendável.
Água
A água não está tratada da forma que estamos acostumados, o que pode ocasionar inconvenientes gastro-intestinais Para escovar os dentes procure ter cuidado também. Caso aconteça comunique seu guia de viagem ou recepção do hotel, eles sabem exatamente o que medicar e fazer nestes casos. Não espere para fazer isso.
Guias
Guia local, excelente, entre em contato com Abdull pelo e-mail: borgiano2000@yahoo.fr. Ele se encarrega de tudo: aluguel de carro, reserva de hotéis ou riads, e acompanha desde a hora da chegada até a saída do Marrocos. Conhece muito bem a história do Marrocos, anda pelas medinas com segurança e fala espanhol , francês e árabe.
Taxi de confiança – Mustapha 066 545 58499 Charges MAD 140 Takes to restaurant, waits and brings you back. Used every night.
Eu tenho uma guia fantástica. Ela organiza estes passeios. Mande um mail para ela : Gail : info@plan-it-morocco.com. Ela fala inglês. Ela e um máximo!
– Rafael Bessa
O Que Vestir
O Marrocos é um país muçulmano, o que torna a viagem por aqui um pouco diferente. As mulheres devem tomar mais cuidado com o que vestem e de preferência mostrar respeito a uma cultura na qual o corpo feminino fica predominantemente coberto. Mesmo que você seja turista, não custa nada cobrir as coxas e o decote, né?
– Fabio Mesquita
Transporte
Marrakech e Casablanca são, geralmente, as portas de entrada para quem chega ao Marrocos de avião. Tangier é a favorita de quem vem de ferry boat da Espanha. Ônibus e trens são as maneiras mais práticas e baratas de se locomover entre cidades. Os trens são em grande parte limpos, seguros e ligam as maiores cidades. Os ônibus te levam a qualquer cidade e são bem baratos.
A companhia CTM (www.ctm.ma) tem veículos novos e confortáveis e é a melhor e mais popular escolha entre viajantes (tente comprar passagens com pelo menos 2 dias de antecedência). As rodoviárias possuem outras alternativas mais baratas, mas são extremamente bagunçadas, com ônibus super lotados, muitas paradas e pouco confortáveis. Cuidado para não cair em golpes de pessoas que tentam vender tickets na rodoviária.
Táxis não são caros no Marrocos e podem ser tranquilamente utilizados para se locomover dentro de cidades. Na maioria das cidades, os taxistas serão justos e não há muito com o que se preocupar. O taxímetro não é muito utilizado em cidades menores e em muitos lugares os preços sáo fixos. Marrakech é uma exceção, com táxis se recusando a utilizar o taxímetro e cobrando valores exorbitantes. Negocie sempre, nunca aceite o primeiro preço e acerte o valor repetindo muitas vezes antes de entrar no táxi e entregar sua mala/mochila.
– Fabio Mesquita
Táxis
Talvez tenha sido meu grande aborrecimento da viagem. Claro, taxista picareta tem em todo lugar, e eu até peguei taxistas simpáticos por lá, que demonstraram curiosidade pelo Brasil e me falaram sobre o país deles. O problema é que muitos não querem ligar o taxímetro e, quando você quer combinar o preço, querem te cobrar bem mais caro do que o normal. Aqui vale as mesmas dicas de qualquer país: procure se informar antes quanto custa uma corrida até o lugar onde você quer ir. Sempre que entrar num táxi que tiver taxímetro, peça para ligá-lo; se ele não quiser, desça ou pergunte logo quanto ele vai te cobrar para deixar você no destino final. Os táxis que eu achei mais picaretas foram os de Casablanca, o que é compreensível, já que esta é a maior cidade do país.
No geral, os táxis são bem velhos, não dá muito para escolher. Outra coisa que assusta um pouco é que eles param no meio do caminho para pegar outras pessoas, caso elas estejam indo na mesma direção que você. Mas quanto a isso não tive problemas: é um costume local, e eles só pegam gente que esteja indo mais ou menos no mesmo caminho que eles.
Para chegar e sair das cidades, principalmente se você vai ficar na medina, recomendo combinar antes um transfer com o hotel que você reservou. Os preços não são abusivos, você não corre o risco de se perder no primeiro contato que vai ter com a medina e não precisa se preocupar em achar um meio de transporte quando chega na cidade.
Segurança
Não é um país perigoso e é muito mais moderno e evoluído que outros de origens árabes mas não sendo aconselhável viajar sozinho sem acompanhamento de um guia. Isso se agrava no caso de mulheres.
Gorjetas
As gorjetas têm papel fundamental neste país, elas devem ser dadas no hotel, aos guias, taxistas e até mesmo aos personagens raros que encontram-se pelas ruas aos quais um turista costume pedir uma foto. Soma-se a isso a insistência natural dos ambulantes que virão na tua direção tentando colocar uma naja no seu pescoço pra garantir uns dirham a preço do seu susto e espanto.
Respeito aos Costumes
Respeitar os costumes e tradições do lugar que estamos visitando é demonstrar sua boa qualidade de turista. Pode parecer estranho ver as mulheres todas tapadas dos pés à cabeça vendo o mundo quadriculado ou através de minúsculos buraquinhos. Você pode até não aceitar e entender, mas se quiser conhecer uma mezquita deverá minimamente adequar-se aos protocolos mínimos para não insultar o credo de ninguém. Não digo pra você jejuar no Ramadan, mas retirar seus sapatos para entrar numa mesquita e vestir-se sem escandalizar é de bom tom.
Ramadã
É um período de 1 mês em que os Muçulmanos pedem perdão pelos pecados passados e orientação divina para evita-los no futuro, baseado num jejum tipo “cura de desintoxicação” dos vícios do dia a dia. Isto é, do nascer ao pôr-do-sol não comem, não bebem, não fumam, não fazem sexo, não fazem nada em excesso e rezam mais vezes do que é habitual.
Para turistas e viajantes, o principal impacto é em termos de horários e, eventualmente, algum congestionamento em meios de transporte locais (combios, autocarros, aviões), uma vez que muitas pessoas aproveitam este período para visitar familiares noutras cidades (como nós fazemos no Natal).
A maioria do comércio fica com horários mais “curtos” do que o normal. Por um lado, o cansaço de um dia sem comer nem beber não lhes permite fazer mais nada a partir de certa hora. Por outro, há que preparar e primeira refeição do dia, o Ftour, e/ou estar em casa mal o sol desapareça. Os monumentos, museus e outras atracções turísticas costumam fechar mais cedo. As lojas, mercados, souks, etc. costumam abrir mais tarde de manhã (ele tiveram de acordam antes do amanhecer para comer), começar a fechar pelas 16 -17 horas e, depois do Ftour, ficar abertas até mais tarde do que é habitual.
Não há problemas em arranjar restaurantes abertos durante o dia, a não ser, eventualmente, em zonas de vilarejos mais remotos que, em condições “normais” já não teriam muita oferta. Nem ninguém nos olha de lado por almoçar ou lanchar, é normalíssimo. No entanto, é preciso entender que durante a hora do Ftour (fim da tarde) o serviço na maioria dos restaurantes pára. Os clientes podem ficar, mas não vão ser servidos enquanto os empregados estão a fazer a sua refeição. É um momento a respeitar.
A partir das 16:00 da tarde, os ânimos, em geral, começam sempre a ficar mais tensos no trânsito, nas negociações nas lojas, etc. Já são muitas horas sem comer, beber e fumar… e a malta explode por tudo e por nada! Mas a aproximação do pôr-do-sol e altura do Ftour é são momentos mágicos. As pessoas começam a correr para as suas casa, sorridentes, a desejarem-se bem uns aos outros… e a cidade pára, literalmente. A frenética praça principal de Marrakech transforma-se num grande quadrado silencioso. Durante essa hora é, de fato, o período onde não se vai conseguir arranjar nada: os restaurantes não servem, os táxis não passam. É uma boa altura para também parar, voltar ao hotel ou, melhor ainda, fazer também o Ftour num dos vários cafés e restaurantes que oferecem o menu (muito bom, por sinal!). Bom, bom será ser convidado por uma família local.
Fora estas pequenas alterações de hábitos que, na minha opinião, até permitem uma experiencia de viagem diferente, não há grandes impactos. É preciso não nos esquecermos que estamos num país com culturas e hábitos diferentes, num período onde as susceptibilidades podem estar um pouco mais acesas e, como tal, as normas de “boa conduta do viajante” são ainda mais importantes.
O Ramadã é no 9º mês do calendário Islâmico, o que significa que, em relação ao nosso calendário, é um período “móvel”, não calha sempre nos mesmos dias todos os anos. É fácil encontrar na internet as datas de cada ano.
O Ramadã (mês sagrado para os muçulmanos) é uma época de jejum e purificação, e é aconselhável que nós viajantes mostremos muito respeito. Durante o Ramadã, entre o nascer do sol e o pôr do sol, nada que envolva prazer pode ser feito, nem mesmo tomar água! Fique atento, pois durante o dia, lojas e restaurantes possuem horários diferenciados de funcionamento.
O Que Comer
Os pratos mais populares e tradicionais são o Tajine (um cozido de carne, frango ou cordeiro com vegetais feito numa cumbuca de barro), o Cuscuz (feito com farinha de milho igual no Brasil) e a Pastilla (uma massa parecida com pão, recheada com vegetais e temperos). As refeições são sempre acompanhadas de pão e é normal comer com as mãos. Aproveite para abrir suas refeições com a harira (sopa marroquina)!
Uma boa opção (e mais parecida com a nossa comida) são os Bruschettes. Servidos no prato, nada mais é que um espetinho de carne ou frango, acompanhado com batatas fritas, arroz e salada. O que não faltam também são sanduíches, shawarmas/kebabs e pizzas.
Chá ou chá de menta (mint tea) é a bebida mais tradicional do Marrocos. O chá de menta é para os marroquinos o que o café é para nós, brasileiros. Caso seja convidado para tomar chá com uma família de marroquinos, saiba que isso é uma honra e tanto, pois eles ficam mais do que contentes em compartilhar a bebida e respeitam quem aprecia o chá com eles.
Casas de chá estão em todos os cantos! Aproveite para largar do refrigerante quando chegar no Marrocos. Suco de laranja natural é barato e disponível em todos os lugares. Na praça Jemma el Fna, em Marrakech, são mais de 30 barraquinhas de sucos naturais!
Marroquinos bebem muito pouca bebida alcoólica, principalmente porque no Alcorão existe uma limitação quanto a isso. Não é comum ver gente bebendo nas ruas e você só conseguirá beber algo em alguns bares. No Marrocos, eles preferem fumar no Narguilé, também chamado de shisha.
– Fabio Mesquita
Quem é apaixonado por gastronomia deve provar sem preconceito a comida marroquina que é bastante característica e o tempero muito forte. Os famosos Tajines são imperdíveis, a comida é composta por vegetais cozidos, acompanhados normalmente de alguma carne à sua escolha, pão batbout ou couscous. O recipiente que serve o Tajine é bem tradicional, também possui o mesmo nome e é uma ótima lembrancinha para trazer em miniatura.
O couscous é um prato já conhecido no Brasil, mas é necessário experimentar o verdadeiro couscous marroquino, pois tem um gosto sem igual. Outra comida gostosa, que é possível encontrar em cada esquina em Marrakech, é o famoso “Kebab“, o prato é uma ótima opção pra economizar.
O Que Fazer
Se forem cinco dias somente, esqueça o deserto, vai gastar um dia pra chegar e outro pra sair. Ficamos duas noites perto do deserto, no hotel Dar Ahlam, realmente um paraíso, mas e longe de tudo. Para cinco dias, recomendo de olhos fechados, o Kasbah Tamandot do Sir Richard Branson, uma hora do Marrakesh. O hotel te busca no aeroporto num transporte bem confortável. Fiquem lá dois dias. A “cidade” em si, Asni, não tem muita coisa, uma feirinha (sei que você adora) etc. Mas o hotel é simplesmente espetacular. Depois, voltem para Marrakesh por uns 3 dias. Ficamos no Four Seasons, hotel muito bom e super confortável, mas se formos voltar, acho que ficaríamos num hotel tipo riad dentro do souk ou medina, o mercado principal da cidade. O souk é, sem dúvida, a maior atração da cidade. É só entrar e se perder, muito bom. Eventualmente, você achará a saída. Pode ficar horas dentro. Fizemos um “walking tour” dos principais pontos turísticos com um guia local, muito bom também. Realmente vale a pena conhecer.
– William McKinley Ryan
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